quinta-feira, 24 de abril de 2008

17 de abril - 9ª AULA

Olá meus queridos,

Hoje não seguimos a programação, visto que vocês estavam muito ansiosos para tirar dúvidas e realizar atividades em atraso.
Mostrei o planejamento detalhado das aulas, cujo arquivo deixei em nosso Grupo do Google.
Procurei explorar o Grupo e o Blogger, tirando as dúvidas.

Ajudei algumas pessoas a colocarem gifs animados (desenhos em movimento) os blogs, ficam muito bonitos!!
É só procurar no Google os sites de gifs animados, clicar em cima do gif desejado e salvá-lo, depois ir no blogger e inserir o arquivo de imagem.

Tarefa:

Escrever em seu blog um resumo bem objetivo, (em forma de tópicos) sobre o texto "Ensino e Aprendizagem Inovadores com Tecnologias Audiovisuais e Telemáticas" e também uma observação sua a respeito do texto, relacionando com sua vida pessoal, profissional e acadêmica.

bjs

quinta-feira, 10 de abril de 2008

8ª AULA - 10 DE ABRIL

Devolutiva dos Mapas Conceituais

Os mapas conceituais elaborados pelos alunos será devolvido com as devidas observações.
O mapa conceitual deverá ser refeito, tendo por base as orientações da devolutiva e também os textos lidos e discutidos em aula.
Os dois mapas conceituais (o inicial e o refeito, deverão ser entregues à professora no portfólio, no dia 15 de maio).


"Ensino e Aprendizagem Inovadores com Tecnologias Audiovisuais e Telemáticas"


Para nos dar mais elementos para a reflexão a respeito do assunto vamos:
  • assistir a um trechinho do filme Tempos Modernos, com Charles Chaplin
  • observar algumas fotos de linha de produção de automóveis em diferentes épocas
  • apreciar a obra Brincadeiras Infantis, de Pieter Bruegel, do século XVI
  • observar a foto de uma escola nos anos de 1940
  • assistir a um trechinho do filme The Wall, com Pink Floyd
  • escutar a música Família, com os Titãs
  • e observar algumas fotos atuais...

Será que filmes, fotos, obras de Arte e músicas nos ajudam compreender situações histórico-sociais que tragam elementos para nossa discussão sobre Ensino e Aprendizagem Inovadores com Tecnologias Audiovisuais e Telemáticas?

Conversa sobre o filme "O Sorriso de Monalisa".

Projeto de utilização de filme em situação de ensino e aprendizagem

  • em grupos de 4 a 5 pessoas
  • baseada na proposta de utilização de vídeo em sala de aula do texto do Moran
  • escolher um filme para ser utilizado em situação de ensino e aprendizagem com alunos (enviar mensagem ao grupo com o nome do filme escolhido, a fim de que cada grupo trabalhe com um filme diferente)
  • elaboração dos 6 passos do filme, sendo que as considerações finais serão a proposta de utilização do filme em aula (há texto com orientação sobre formatação dos 6 passos disponível na copiadora)
  • elaboração de apresentação em Power Point sobre o Projeto
  • apresentação do Projeto à turma e à professora

Diário de Aprendizagem no blog

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Unificação do Blog e do Grupo

Olá, queridos alunos,

Por conta da divisão da sala do 2º Pedagogia Noturno, resolvi deixar um único grupo e um único blog para ambas as turmas.

Sendo assim, a partir de agora todos acessarão o grupo: fasbpednot2008
http://groups.google.com.br/group/fasbpednot2008

Peço a gentileza de acessarem o Grupo para verificarem se estão cadastrados e com o perfil preenchido com o endereço de seu blog ;-)

O endereço de nosso blog é: http://fasbpednot2008.blogspot.com

Agradeço a compreensão,

27 de março - 7º AULA

Olá, pessoal,

Surpresa!!
A aula foi um pouco diferente hoje, não é?!
Fomos para o auditório assistir ao filme "O Sorriso de Monalisa", com direito a pipoca e tudo ;-)
Este filme foi selecionado para ser apresentado a vocês por vários motivos e será discutido também nas aulas de Arte, Ética e Prática de Ensino.

Nas aulas de Tecnologia vamos procurar analisar como um professor pode tornar sua aula significativa e ir além dos conteúdos curriculares, trazendo para as aulas elementos importantes com relação ao contexto vivido pelos alunos.

Vamos relacionar o filme também com o texto do Prof Moran no que diz respeito:

  • aos desafios de ensinar e educar com qualidade
  • as dificuldades para mudar na educação
  • caminhos que facilitam a aprendizagem
  • conhecimento pela comunicação e pela interiorização
  • o docente como orientador/mediador de aprendizagem
  • as propostas de utilização da televisão e do vídeo na educação escolar.

Não esqueçam de fazer o diário de aprendizagem de hoje no blog, ok?

Para a próxima aula, postar em seu blog:

  • Identificação do filme: nome, ano, produção, direção, roteiro, elenco...
  • Ampliação contextual do filme;
  • O que o filme te fez sentir:
  • Imagem que ficou em sua mente;
  • Uma frase retirada do filme;
  • Relação do filme com as questões acima sobre o texto do Prof. Moran.

O Sorriso de Monalisa - referências

A pesquisa aqui apresentada se baseou nos sites:
http://neteducacao.globo.com/site/usenet/sorrisoMonaLisa_new.jsp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vincent_van_Gogh
http://www.adorocinema.com/filmes/sorriso-de-mona-lisa/sorriso-de-mona-lisa.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mona_Lisa_Smile

O Sorriso de Monalisa - A Arte


As obras de arte que apareceram, constituem não só um maravilhoso recorte da História da Arte humana como propõem, sozinhas, a discussão inteira que o filme traz sobre o papel da mulher e do homem na sociedade.
Vale a pena percorrer as obras citadas, desde a primeira, observada por Katherine, com prazer, no trem que a traz a Wellesley. De maneira invertida, Katherine olha, ou é olhada, por “Les Demoiselles d´Avignon”, de Picasso, uma das mais importantes obras do que se chamaria Arte Moderna. Trata-se de mulheres em um bordel, em posições sedutoras, mas pintadas de forma plana e não com linhas arredondadas, como é o clássico corpo feminino. O espaço entre as linhas é branco, como se fosse um vidro cortado, necessitando do nosso olhar para se mostrar inteiro. O resultado é que elas nos olham e nos solicitam um posicionamento. Katherine as olha e terá que se posicionar durante o enredo do filme, sobre questões centrais do papel feminino.

A arte do século XX será marcada por obras que exigem não a contemplação mas a resposta, o tomar partido, para que a imagem se complete, participando de sua criação.
O primitivismo das formas dos rostos tem duplo sentido: duas das figuras mostram relação com a escultura negra e as outras com a ibérica, confrontando-nos com o sentido totêmico que Picasso coloca em suas obras, quase que se referindo a um ritual, a um culto, a um aspecto selvagem. Esta dualidade tem raízes culturais profundas e nos comove e demanda a todos.
Dos anos 50 em diante, o ser humano seria mais e mais levado a se conscientizar do que ocorre no planeta, na sociedade e consigo próprio, tendo que criar suas próprias referências pessoais e progressivamente descobrir que o sistema é um constructo alienado de seu eu interior, com quem se precisa lidar mas que não nos deve dominar, intimamente. A arte moderna é a própria expressão deste crescimento à força.




O Bisão Ferido, achado em Altamira, na Espanha, e considerado como de 15 mil anos AC é a primeira obra que Katherine apresenta a suas alunas.O roteiro deste filme, embora interessante do ponto de vista de pesquisa, não abre para uma leitura mais ampla das obras de arte, até porque não é o seu propósito.
Buscando se firmar com as garotas que a colocaram em posição desagradável na 1ª aula, Katherine propõe a discussão sobre uma obra inusitada, que não constava na apostila do Dr Staunton: Carcaça, de Chaim Soutine.
Soutine nasceu em 1894 e é considerado o mais dinâmico representante do expressionismo. Morreria em 1943, ou seja, 10 anos antes do momento retratado no filme (1953).
As alunas perdem a referência inicialmente pois não se trata de um artista clássico, integrante da cultura considerada “correta” para aquele estamento social. No entanto, instadas a analisar a obra, encontram aspectos novos: agressividade, erotismo...
Procurando defender a cultura tradicional que consideram correta, afirmam que é impraticável comparar os quadros de Rembrandt a quadros de parede.
Interessante diálogo pois Soutine foi bastante influenciado por Rembrandt e é deste último um quadro - Carcass of Beef (também chamada de Flayed Ox), datado de 1655, que traduz o mesmo tema da Carcaça, de Soutine.
As garotas não alcançam esta comparação mas valeria a pena faze-la. A obra de Rembrandt lembra a força da vida enquanto a de Soutine, que era um admirador de Rembrandt, traduz o desespero pela falta de sentido que vê na vida.
Nascido em 1606, Rembrandt era um mestre da luz e da sombra. Soutine é um representante da Arte Moderna e, portanto, não é considerado “cultura” para o grupo social de referência no filme.


Jackson Pollock é a outra referência de Arte Moderna que o filme evoca.
Katherine leva as alunas para ver sua obra – Greyed Rainbow – finalizada 3 anos antes de sua morte prematura por um acidente de carro. O movimento, a textura, o jogo de cores e formas do quadro é capturado por uma câmera que se aproxima, investigativa, da obra, aceitando o convite de Katherine: “simplesmente olhe”. Não é exigida das garotas nenhuma palavra, nenhuma análise, nenhuma perfomance: simplesmente são convocadas ao prazer de admirar e olhar atentamente uma obra de arte inovadora, como a de Pollock, que traz o inconsciente à tona.
O mundo feminino clássico é retratado neste filme pela profusão de detalhes na decoração, pelo figurino, pelas flores – recorrentes na decoração e até mesmo no presente que as garotas oferecem a Katherine, pelos chapéus, pelos tules e véus, pelo romance, pela música – Mona Lisa, de Nat King Cole, enfim, por inúmeros sinais.
Mas que mundo feminino é este? A maior parte dos símbolos traduz o feminino conduzido pelo social, o feminino que o sistema permite.
A arte moderna, representada por Picasso, trará um feminino mais interno, mais primitivo, quase que requerendo a recriação para de novo se encontrar.
A cena do trem, mostrando Demoiselles d´Avignon, abre esta possibilidade. O filme não chega a este resgate. Ele simplesmente registra as angústias do feminino contestado, inquirido, pressionado ao crescimento e ao autoconhecimento. Mas depois se fecha e não permite mais abertura.
Seria importante sublinhar a tensão proposta, mais do que reconhecer o feminino “encaixotado” que o sistema oferece. O caminho da arte é talvez o mais seguro neste filme pois, de maneira sutil, sensível, vai trazendo à tona temas tão relevantes para a questão do gênero feminino que, se fossem tratados de forma polêmica, não atingiriam ponto nenhum, de tão escondidos e submissos que estavam à ordem vigente.
Katherine traz às alunas uma interessante discussão sobre a obra de Van Gogh, que sofreu preconceito e desprezo por não ajustar a sua obra com os padrões da época e que não conseguiu vender um único quadro enquanto vivo. E sobre "caixas" com reproduções da obra Doze girassóis numa jarra para serem coloridas seguindo um sistema de números, que eram vendidas na época.

O Sorriso de Monalisa - personagens


Este é um filme sobre mulheres.
Quase toda a história se constrói sobre quatro alunas - Betty (Kirsten Dunst), culta, crítica e defensora determinada dos valores de Wellesley, sua melhor amiga Joan (Julia Stiles), a rebelde e liberal Giselle (Maggie Gyllenhaal), e a tímida e insegura Connie (Ginnifer Goodwin) que depende da aprovação masculina para se sentir bela.
Personagem paralelo, porém relevante, Marcia Gay Harden como Nancy Abbey, é a professora de fala, elocução e postura, que parece estar sempre representando, como se estivesse em permanente prática de sua própria aula.
Nancy Abbey sintetiza o papel social da mulher da época. Solteira, conta uma história complicada de um amor impossível, até que se verifica ser uma mentira e ter sido ela abandonada pelo amado. No entanto, ela vive esta simulação de forma plena, como se fosse uma personagem, socialmente adaptada e perfeita.
Ao conhecer Katherine, faz referência à vida com seus pais: “Você vai conhecer os meus pais quando vierem me visitar..”, preocupada sempre em parecer uma figura perfeita do ponto de vista dos valores sociais.
Quando seu personagem cai por terra, mostra-se uma mulher sensível, sem rumo, sem sentido para a sua vida presente. Junto com ela, cai seu sorriso empostado permanentemente.
Também forte é a personagem de Juliet Stevenson como Amanda Armstrong, enfermeira homossexual, que distribui contraceptivos em uma época onde isso ainda era ilegal. Protagonizando dois temas tabus – homossexualismo e controle de natalidade – ela é firme, objetiva e está em permanente estado de alerta, mesmo assim não antecipando um dos editoriais de Beth, que levará à sua demissão. A ação de Amanda traz à tona um tema excruciante da época, a pílula.
Joan Brandwyn (Julia Stiles) é o pivô da oposição que se forma entre Katherine e Betty. No entanto, ela consegue sair da posição, e tomar sua própria decisão em função do amor e da escolha da vida conjugal, vivida como parceria, abrindo mão de sua carreira. Momentaneamente ou não, o importante é que faz uma escolha e, nela, é livre.
Betty Warren (Kirsten Dunst), por sua vez, tomou o caminho do casamento, por força de pressão social e acaba por constatar que ele não é garantia de felicidade e nem de segurança social. Seu mundo desmorona quando descobre que o marido a trai mas, no processo, ela se retoma e se abre para tomar suas próprias decisões, na medida de sua coragem e da afetividade que vai progressivamente vivendo e descobrindo em si mesma.
Outra aluna, Connie, protagoniza o drama da garota que não se acha bonita mas que acaba iniciando um romance com Charlie, primo de Betty.
Giselle é uma personagem forte no filme, tendo uma vida liberal e se apaixonando por homens mais velhos, especialmente Bill Dunbar, o professor de italiano que é conhecido por ter relacionamentos com as alunas. Apesar de aparentar ser construída como um caráter discutível, Giselle, ao final, abrirá a possibilidade de uma leitura mais aberta do que Katherine propõe como independência de pensamento. Ela admira Katherine e ama Bill Dunbar, embora tenha que lidar com a sua preferência por Katherine.
Os personagens masculinos são planos e previsíveis. Charlie é o único que surge como um jovem autêntico. Os demais são fechados, previsíveis e sem nenhuma densidade. Bill Dunbar, ao final, compõe uma cena forte com Katherine mostrando que ela também não consegue ser tudo que preconiza.


O Sorriso de Monalisa - O enredo...

Uma das alunas, Betty, escreve editoriais para o jornal da escola e com ele ataca tudo que contradiz as regras vigentes. Sua primeira vítima é a enfermeira Amanda por dar pílulas anticoncepcionais para as alunas.
Katherine será também alvo de suas críticas, em função das quais será demitida, ao final. O esforço de Katherine para gerar um pensamento e uma ação independente naquelas garotas acaba sensibilizando uma das alunas, Joan Brandwyn, que irá buscar sua formação em Direito na Yale Law School mesmo no final, embora aceita, ela desista porque o noivo entrou em outra faculdade e ela não poderá ficar longe do lar, após se casar.
O enredo ganha um toque desafiador quando Katherine recebe a visita do namorado que havia deixado na Califórnia e que a pede em casamento, deixando-a desconfortável. Depois ela inicia um relacionamento com um dos professores da escola, Dominic West, que ensina italiano e sua história é de um herói da guerra. No entanto, Katherine descobrirá que isso não era verdade e tomará conhecimento de seus relacionamentos com as alunas, especialmente com Giselle, uma estudante liberal e que a admira, levando-a a abandonar o relacionamento.
A história pretende justapor a perspectiva do casamento à perspectiva de uma formação para a cultura e para o próprio desenvolvimento, embora não se defina de maneira assertiva em nenhuma direção.
Durante o enredo, desenvolvem-se os “pares” românticos, há um casamento, há dores de amor, há desilusão, ou seja, tudo aquilo que envolve o velho conceito do amor entre um homem e uma mulher, quando mediados pela cerimônia do casamento e suas premissas. Estes romances, os pedidos de casamento, os desencontros amorosos, funcionam como contraponto ao empenho de Katherine em criar outros pontos de interesse para as garotas, como seres humanos que são, e não como eternas “noivas ou esposas”.

O Sorriso de Monalisa - A professora

Esta é a história de Katherine Watson em Wellesley, onde vai lecionar História da Arte no ano letivo 1953/54.
Em sua primeira aula, as alunas evidenciam sua inadequação para os padrões da escola, antecipando os temas ligados às obras de arte que a professora mostrará em slides, de maneira a demonstrar que já sabem tudo e que a professora está fora de contexto. As alunas e seus pais, muitos dos quais fazem parte da Diretoria da escola, definem o que se deve fazer, estudar e acreditar ali.
Bem marcado no tempo, o ano letivo transcorre entre aulas, brincadeiras tradicionais, o baile, as férias, o encontro de garotos e garotas procurando o amor, o casamento de uma das alunas e seus preparativos, a ação e a relação dos pais com a escola e a vida dos jovens, enfim, os vários marcos da vida estudantil, que vão trazendo à tona cada personagem, seu drama, suas respostas à vida, suas crises e suas soluções.
Aquele desejo expresso no início do ano letivo, de forma quase ritualística será verdadeiro?
- “...despertar meu espírito por meio de muito trabalho e dedicar minha vida ao conhecimento
A aula inicial aparentemente conduz a esta conclusão: as alunas decoraram a apostila do Dr Staunton, utilizada como base para o curso de História da Arte, da Profa. Katherine, e descrevem cada peça de arte que Katherine lhes mostra, detalhando aspectos da pintura, pontos marcantes, época em que foi a obra criada ou encontrada, enfim, estão aparentemente “dedicadas ao conhecimento”.
Katherine se sente acuada. A Diretoria a chama para uma reunião, onde é discutida sua tese, em que ela defende que “Picasso fará pelo Século XX o que Michelangelo fez pela Renascença”. Eles pouco se concentram nas suas idéias e questionam seu conhecimento da Capela Sistina. Ela diz desconhecer a Europa e a reprovação é imediata. O sistema “fecha” Katherine embora ela não sucumba, não naquele momento.
Esta cena serve destacar que o sistema é inflexível em sua moral e em suas regras e é preciso saber “jogar” com ele para não ser “consumido” por ele. A própria discussão sobre a Capela Sistina e Michelangelo ajudará nisso.
Quando Michelangelo pintou a Capela Sistina, em Milão, em 1508, desenhou corpos nus. Ao completar sua obra, em 1512, as imagens chocaram aos mais conservadores, pois nelas haviam corpos despidos. Mais tarde outros pintores foram contratados para cobrir com vestes estas imagens...
O esforço todo de Katherine será dirigido para levar as alunas a se interessarem vivamente por arte e, através deste interesse, construírem a si próprias enquanto pessoas que tem opiniões pessoais, que gostam ou odeiam, e que se posicionam sobre o que está à sua volta, em vez de seguir padrões estabelecidos.
O filme continua com o confronto de Katherine com as alunas e as crenças e valores de suas famílias, até que a própria Katherine se vê envolvida, ela própria, na escolha do amor ou da carreira, e sai em busca desta última, deixando porém na escola uma lembrança forte e entre as alunas uma carinhosa memória.
Julia Roberts como Katherine mantém uma atitude calma e reflexiva em grande parte das cenas. Seu desapontamento com as alunas não se traduz em uma expressão mais agressiva, como que “digerindo” as situações. Ao final, a personagem é considerada “querida” mas fica um gosto de algo inacabado.
As garotas, seguindo o táxi em que Katherine parte, ao final, pode ser um aparente final feliz, mas realmente, mostra um conjunto de mulheres que conduzirá suas vidas dentro dos padrões tradicionais, tristes por terem conhecido a possibilidade de sua independência mas inconsistentes com esta possibilidade por força de uma sexualidade de gosto duvidoso e de valores sociais sem sentido.
Katherine também não encontra um sentido claro. Na interação com as garotas, ela vai se descobrindo e se redefinindo, mas não chega a um traçado claro e sai, enigmática, como chegou.
Mesmo no final, não é clara a sua atitude de vencedora ou perdedora. Deve ser destacada, contudo, sua permanente intenção de educar, de formar seres humanos plenos e abertos ao mundo.

O Sorriso de Monalisa - Sinopse 3


A escola respondia ao ideal social da época. É uma escola importante, onde estudaram pessoas como Hillary Clinton, esposa do ex-presidente Clinton. Foi um texto da Sra. Bill Clinton que levou os roteiristas Lawrence Konner e Mark Rosenthal a pesquisar mais sobre esta escola freqüentada apenas por mulheres.
Considerada machista, Wellesley é colhida em uma etapa em que a sociedade gestava os primeiros passos do movimento feminista, a ocorrer poucos anos depois. Não se tratava, portanto, de uma escola fácil para se implantar uma mentalidade liberal, em pleno início da década de 50. Para sermos justos na sua avaliação, temos que retomar o clima da época, o contexto da mulher, e compreender a força do sistema social naquele momento e o quanto a luta para romper este sistema deveria ser grande e poderia ser infrutífera até certo ponto, especialmente se a mulher vivesse em determinados contextos sociais.

O Sorriso de Monalisa - Sinopse 2

O texto foi escrito por dois homens- Lawrence Konner e Mark Rosenthal. Seu título faz referência a Mona Lisa (também conhecida como A Gioconda), a famosa mulher pintada por Leonardo da Vinci, cuja expressão introspectiva e leve, enigmático e triste sorriso foi analisado e celebrado por inúmeros críticos.
Alguns sugerem que a obra seria um autoretrato de Leonardo. Outros que se trataria de Isabella de Aragão, e que estaria triste porque seu marido era impotente, alcoólatra e batia nela frequentemente.
É descrita como a mais infeliz esposa do mundo. Todas estas teorias são interessantes quando resgatadas pelo enredo com o tema da esposa que não é feliz apesar de aparentar ser, ou do papel da mulher, enquanto ressonância da vida do marido, sem identidade própria.
A própria Katherine, por sua vez, tem um sorriso calmo e terno, não demonstrando emoções beligerantes ou amargas, mesmo quando colocada em situações de conflito, embora Julia Roberts tenha uma alegria própria e um sorriso singular que dificilmente parecerá triste. Em cenas em que ela está plena, sozinha, mostra uma vitalidade interior, uma força decorrente de uma vida em que busca a arte, o desenvolvimento, o questionamento, como forma de se autorealizar, bem distinto do ideal proposto para as alunas de Wellesley, com suas vidas já organizadas e estruturadas sobre determinados esquemas prontos.

O Sorriso de Monalisa - Sinopse 1

Filme norte-americano feito em 2003, com a duração de 117 minutos, recria a atmosfera e os costumes do início da década de 50.
Conta a história de uma professora de arte que, educada na liberal Universidade Berkeley, na Califórnia, enfrenta uma escola feminina, tradicionalista – Wellesley College, onde as melhores e mais brilhantes jovens mulheres dos Estados Unidos recebem uma dispendiosa educação para se transformarem em cultas esposas e responsáveis mães.
No filme, a professora irá tentar abrir a mente de suas alunas para um pensamento liberal, enfrentando a administração da escola e as próprias garotas.
Julia Roberts, no filme, estimula as alunas a estudarem arte moderna, levando-as a um depósito em Boston para olharem um quadro de Jackson Pollock. Na realidade, porém, Wellesley foi uma das únicas instituições a permitir que as alunas estudassem arte moderna, começando com um curso de Arte moderna no final dos anos vinte, ministrado por Alfred Barr, Jr., que mais tarde fundou o Museu de Arte Moderna.
A professora – Katherine Watson - cruza os Estados Unidos de oeste a leste. Cruzará também o modelo conservador de comportamento feminino ali estabelecido ou sucumbirá ao sistema? O filme é criticado por aqueles que esperam uma postura mobilizadora de Katherine Watson, a professora intelectual, vinda do estilo boêmio de vida da Califórnia, para invadir o ambiente tradicionalista da costa leste. É elogiado pelos que admiram a artista principal – Julia Roberts – porque ela aparece muito bem, com uma performance tranqüila, expressiva, terna e cheia de elegância, e está acompanhada de um elenco primoroso.

O Sorriso de Monalisa

Ficha Técnica

Título Original: Mona Lisa Smile
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 125 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2003
Site Oficial:
www.sonypictures.com/monalisasmile
Estúdio: Columbia Pictures Corporation / Revolution Studios / Red Om Films
Distribuição: Columbia Pictures / Sony Pictures Entertainment
Direção:
Mike Newell
Roteiro: Lawrence Konner e Mark Rosenthal
Produção: Elaine Goldsmith-Thomas, Paul Schiff e Deborah Schindler
Música: Rachel Portman
Fotografia: Anastas N. Michos
Desenho de Produção: Jane Musky
Direção de Arte: Patricia Woodbridge
Figurino: Michael Dennison, Carmen Hawk e Milla Jovovich
Edição: Mick Audsley


Elenco

Julia Roberts (Katharine Watson)
Kirsten Dunst (Betty Warren)
Julia Stiles (Joan Brandwyn)
Maggie Gyllenhaal (Giselle Levy)
Ginnifer Goodwin (Connie Baker)
Dominic West (Bill Dunbar)
Juliet Stevenson (Amanda Armstrong)
John Slattery (Paul Moore)
Marcia Gay Harden (Nancy Abbey)
Topher Grace (Tommy Donegal)
Laura Allen (Susan Delacorte)
Marian Seldes (Presidente Jocelyn Carr)
Terence Rigby (Dr. Edward Staunton)
Donna Mitchell (Sra. Warren)
Jorda Bridges (Spencer Jones)
Ebon Moss-Bachrach (Charlie Stewart)
Taylor Roberts (Louise)

No site oficial podemos assisitir a clips do filme (em Inglês):
http://www.sonypictures.com/previews/player/homevideo/monalisasmile/index.html

No Youtube também:
http://br.youtube.com/watch?v=hBRTuTFR6yo